REPOSITORIO PUCSP Teses e Dissertações dos Programas de Pós-Graduação da PUC-SP Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/45495
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorJesus, Leonardo Caetano-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/3661890564005896pt_BR
dc.contributor.advisor1Bógus, Lúcia Maria Machado-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1210861529721065pt_BR
dc.date.accessioned2025-11-19T17:47:49Z-
dc.date.available2025-11-19T17:47:49Z-
dc.date.issued2025-10-10-
dc.identifier.citationJesus, Leonardo Caetano. Da aldeia à metrópole: colonialidades, extermínios e apagamentos na formação urbana de São Paulo. 2025. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2025.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/45495-
dc.description.resumoA presente tese propõe uma análise crítica da formação urbana da cidade de São Paulo a partir da perspectiva decolonial, com ênfase na centralidade do eurocentrismo como produtor do espaço urbano e na consequente exclusão dos povos indígenas. Partindo do pressuposto de que a cidade é mais do que um território físico — sendo também expressão simbólica, epistêmica e ontológica do sujeito que a projeta —, argumenta-se que São Paulo foi historicamente moldada por um modelo de sujeito ocidental moderno: branco, masculino, urbano, racional e universalizado como medida de humanidade. O estudo evidencia como esse sujeito, ao definir o que deve ser visível, habitável e legítimo na cidade, opera um processo de apagamento sistemático das populações indígenas e de suas formas de habitar, saber e existir. A cidade, nesse sentido, emerge como resultado de uma racionalidade colonial que naturaliza hierarquias, nega epistemologias diversas da sua e impõe uma organização espacial excludente. Para isso, o trabalho mobiliza aportes teóricos de autores do pensamento decolonial como Enrique Dussel, Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel, Walter Mignolo, Catherine Walsh, Aimé Césaire, entre outros, a fim de compreender como a “colonialidade do poder, do saber e do ser” se manifestam na paisagem urbana paulistana. A pesquisa percorreu desde os processos de aldeamento e catequese, que deram origem à fundação da cidade, até os mecanismos modernos de planejamento urbano, como o Plano de Avenidas, mostrando como a lógica colonial se reinventa e se perpetua sob outras formas. Ao reposicionar o olhar para os territórios esquecidos — aqueles que a cidade nega, marginaliza ou apaga —, esta tese contribui para uma crítica dos fundamentos ontológicos e epistêmicos do urbanismo ocidental, propondo caminhos para pensar a cidade a partir de outras matrizes civilizatóriaspt_BR
dc.description.abstractThis thesis proposes a critical analysis of the urban formation of the city of São Paulo from a decolonial perspective, with an emphasis on the centrality of Eurocentrism as a producer of urban space and the consequent exclusion of Indigenous peoples. Based on the premise that the city is more than a physical territory — being also a symbolic, epistemic, and ontological expression of the subject who designs it — the argument is that São Paulo has historically been shaped by a model of the modern Western subject: white, male, urban, rational, and universalized as the measure of humanity. The study highlights how this subject, by defining what must be visible, inhabitable, and legitimate in the city, enacts a systematic erasure of Indigenous populations and their ways of dwelling, knowing, and existing. The city, in this sense, emerges as the result of a colonial rationality that naturalizes hierarchies, denies subaltern epistemologies, and imposes an exclusionary spatial organization. To this end, the research draws on theoretical contributions from decolonial thinkers such as Enrique Dussel, Aníbal Quijano, Ramón Grosfoguel, Walter Mignolo, Catherine Walsh, Aimé Césaire, among others, in order to understand how the coloniality of power, knowledge, and being manifests in the urban landscape of São Paulo. The research traces the trajectory from the processes of “aldeamento” (Indigenous resettlement) and catechesis, which gave rise to the city’s foundation, to modern mechanisms of urban planning, such as the Plano de Avenidas, demonstrating how colonial logic reinvents and perpetuates itself in new forms. By repositioning the gaze toward the forgotten territories — those the city denies, marginalizes, or erases — this thesis contributes to a critique of the ontological and epistemic foundations of Western urbanism, proposing pathways to envision the city through other civilizational frameworksen_US
dc.format.extent259 p.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherPontifícia Universidade Católica de São Paulopt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Ciências Sociaispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsPUC-SPpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociaispt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectColonialidadept_BR
dc.subjectDecolonialpt_BR
dc.subjectExtermíniopt_BR
dc.subjectIndígenaspt_BR
dc.subjectSão Paulopt_BR
dc.subjectUrbanismopt_BR
dc.subjectColonialityen_US
dc.subjectDecolonialen_US
dc.subjectExterminationen_US
dc.subjectIndigenous peoplesen_US
dc.subjectSão Pauloen_US
dc.subjectUrbanismen_US
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASpt_BR
dc.titleDa aldeia à metrópole: colonialidades, extermínios e apagamentos na formação urbana de São Paulopt_BR
dc.typeTesept_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Leonardo Caetano Jesus.pdf47,3 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.