REPOSITORIO PUCSP Teses e Dissertações dos Programas de Pós-Graduação da PUC-SP Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41151
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.creatorMagri, Karen Glaucia Koziura-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5445128520773007pt_BR
dc.contributor.advisor1Cardoso, Elizabeth-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5133916834625567pt_BR
dc.date.accessioned2024-03-22T16:05:00Z-
dc.date.available2024-03-22T16:05:00Z-
dc.date.issued2024-02-20-
dc.identifier.citationMagri, Karen Glaucia Koziura. Três tempos da noite: aproximações entre a narrativa ancestral indígena, seu reconto e o livro. 2024. Dissertação (Mestrado em Literatura e Crítica Literária) - Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/41151-
dc.description.resumoTanto quanto qualquer outra sociedade, os povos indígenas também elaboraram suas questões existenciais sobre a origem do mundo e do universo, de onde viemos e para onde vamos, valendo-se de mitos, lendas e contos, dos quais a literatura germinou. Orais por natureza, muitas dessas narrativas se perderam ao longo tempo, em razão da extinção de grande parte das populações indígenas, marginalizadas pela sociedade ocidental quanto aos seus costumes e à sua cultura. Os povos originários tiveram suas vozes abafadas por cinco séculos, até que a legislação brasileira, a passos lentos, reconhecesse constitucionalmente seus direitos, embora haja, ainda hoje, quem os questione. A criação de políticas públicas para a proteção e a valorização dos saberes ancestrais como patrimônio imaterial que são, veio apenas mais tarde, notadamente com a edição da Lei no 11.645/2008, que tornou obrigatório o estudo da história e da cultura afro-brasileira e indígena em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país, fossem eles públicos ou privados. Diante da enorme escassez de trabalhos que abordassem com seriedade as culturas indígenas, o mercado editorial nacional se voltou para a produção de livros de autoria indígena, dedicados a esclarecer os aspectos culturais das diferentes etnias, bem como a recontar suas fabulações, o que tornou possível seus registros e, portanto, sua perpetuação, além de proporcionar sua divulgação para um número maior de pessoas. Mas por que os mitos são importantes? Eles são literatura? O que os diferencia dos recontos? E dos livros infantis? As crianças indígenas têm acesso aos mitos? E aos livros? Como elas os compreendem? Como elas são compreendidas? Essas questões perpassaram os caminhos percorridos pela presente dissertação, na tentativa de aproximar o mito, seu reconto e o livro infantil, de modo a identificar a poeticidade existente em cada uma dessas formas de interpretar o mundo e traduzi-lo esteticamente. A relevância do tema encontra-se no reconhecimento das fabulações indígenas como arte, tanto quanto as criações procedentes das culturas reputadas como cânone. Ao estudarmos a literatura infantil indígena, voltamos nossos olhares para as fontes da nossa cultura e percebemos o quanto a arte é híbrida e o quanto ela pode nos aproximar de outras culturas, como leitores e seres humanos. Para tanto, selecionamos como corpus o mito do surgimento da noite contado pelo pajé Yanomami Parahiteri, organizado e traduzido do xamatari por Anne Ballester Soares no livro O surgimento da noite (Editora Hedra, 2017), o reconto As serpentes que roubaram a noite, extraído do livro As serpentes que roubaram a noite: e outros mitos (Editora Peirópolis, 2001), de Daniel Munduruku, e o livro A boca da noite, escrito por Cristino Wapichana e ilustrado por Graça Lima (2016). Balizando nossas reflexões, estiveram conosco, principalmente, Philippe Ariès - História Social da Criança e da Família (2022), Marisa Lajolo e Regina Zilberman - Literatura infantil brasileira: história e histórias (2022), Graça Grauna - Contrapontos da Literatura Indígena Contemporânea (2013), e Janice Cristine Thiél - Pele silenciosa, pele sonora – A literatura indígena em destaque (2012)pt_BR
dc.description.abstractAs much as any other society, indigenous peoples also elaborated their existential questions about the origin of the world and the universe, where we came from and where we are going, using myths, legends and tales, from which literature germinated. Oral by nature, many of these narratives were lost over time, due to the extinction of a large part of the indigenous populations, marginalized by Western society in terms of their customs and culture. The original peoples had their voices suffocated for five centuries, until Brazilian legislation, slowly, constitutionally recognized their rights, although there are still those who question them. The creation of public policies for the protection and appreciation of ancestral knowledge as the intangible heritage that they are, came only later, notably with the enactment of Law no 11.645/2008, which made mandatory the study of Afro-Brazilian history and indigenous people's culture in all primary and secondary education establishments in the country, whether public or private. Faced with the enormous scarcity of works that seriously addressed indigenous cultures, the national publishing companies turned to the production of books by indigenous authors, dedicated to clarifying the cultural aspects of different ethnicities, as well as retelling their fables, which made it possible its records and, therefore, its perpetuation, in addition to providing its dissemination to a greater number of people. But why are myths important? Are they literature? What differentiates them from retellings? And what about children's books? Do indigenous children have access to myths? And what about books? How do they understand them? How are they understood? These questions permeated the paths this dissertation took to bring the myth, its retelling and the children's book closer together, in order to identify the poetic nature that exists in each of these ways of interpreting the world and translating it aesthetically. The theme's relevance lies in the recognition of indigenous fables as art, as well as creations coming from cultures considered canon. When studying indigenous children's literature, we turn our gaze to the sources of our culture and realize how hybrid art is and how much it can bring us closer to other cultures, as readers and human beings. To this end, we selected as corpus the myth of the advent of the night told by the shaman Yanomami Parahiteri, organized and translated from the xamatari by Anne Ballester Soares in the book O surgimento da noite (Editora Hedra, 2017), the retelling As serpentes que roubaram a noite, extracted from the book As serpentes que roubaram a noite: e outros mitos (Editora Peirópolis, 2001), by Daniel Munduruku, and the book A boca da noite, written by Cristino Wapichana and illustrated by Graça Lima (2016). Guiding our reflections, we were mainly with Philippe Ariès - História Social da Criança e da Família (2022), Marisa Lajolo and Regina Zilberman - Literatura infantil brasileira: história e histórias (2022), Graça Grauna - Contrapontos da Literatura Indígena Contemporânea (2013), and Janice Cristine Thiél - Pele silenciosa, pele sonora – A literatura indígena em destaque (2012)en_US
dc.languageporpt_BR
dc.publisherPontifícia Universidade Católica de São Paulopt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artespt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsPUC-SPpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literáriapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMitopt_BR
dc.subjectRecontopt_BR
dc.subjectLiteratura infantil indígenapt_BR
dc.subjectMythen_US
dc.subjectRetellingen_US
dc.subjectIndigenous children's literatureen_US
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIApt_BR
dc.titleTrês tempos da noite: aproximações entre a narrativa ancestral indígena, seu reconto e o livropt_BR
dc.title.alternativeThree instants of the night: approaches between the indigenous ancestral narrative, its retelling, and children’s booksen_US
dc.typeDissertaçãopt_BR
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Literatura e Crítica Literária

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Karen Glaucia Koziura Magri.pdf679,99 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.