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https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/23668
Tipo: | Tese |
Título: | Logotopia: lugar da fala |
Autor(es): | Alves, André Toledo Porto |
Primeiro Orientador: | Segurado, Rosemary |
Resumo: | É possível que nunca se tenha visto um momento histórico tão paradoxal quanto o presente. Pode-se dizer que o planeta nunca foi tão propício à vida humana, com crescente desenvolvimento técnico e científico em todos as áreas de conhecimento e de produção, especialmente àquelas diretamente ligadas à garantia da sobrevivência, diminuição da mortalidade infantil, diminuição da fome global, aumento da expectativa de vida, acesso cada vez mais amplo à educação e à saúde, acesso à informação e à comunicação, entre outros progressos que podem ser quantificados. Pode-se concordar que o processo de globalização, com a ampliação dos benefícios da democracia representativa e do capitalismo neoliberal, trouxe certas vantagens para a vida humana em geral e deu novos contornos ao que ficou conhecido como biopolítica. No entanto, os seres humanos não estão satisfeitos. E isto se manifesta no crescente número de protestos e manifestações ao redor do mundo nos últimos anos. A revolta é generalizada e não há um padrão definido entre os manifestantes nem entre os alvos das manifestações, do que pode se presumir que os protestos são contra a própria política. Se a política for entendida de forma abrangente como o modo de ser do humano no mundo e no sentido e, assim, como a própria relação que se estabelece entre o sentido e o mundo, entre a fala e o lugar, então é preciso entender que o que se chama de crise de representação manifesta algo muito mais perigoso para o humano do que a mera insatisfação e a mera desconfiança mútuas entre os representantes e os representados. Na verdade, é na própria valorização da vida e do progresso técnico e científico que o humano se aliena progressivamente de sua própria humanidade. O mundo e o sentido são privados do humano quando a ação e o pensamento são abandonados ao plano do mero fazer e do mero calcular que simplesmente funcionam. Mas isso se dá numa longa história do abandono do sentido do ser em direção à atualidade do sujeito. É preciso entender, então, que, nas relações da verdade, o que está em jogo é o mundo e o que está em questão é o sentido |
Abstract: | It is possible that never before has a historical moment been quite so paradoxical as the present. The planet has never been more conducive to human life, with increasing technical and scientific development in all areas of knowledge and production; especially those directly linked to ensuring survival, reducing child mortality, decreasing global hunger, increased life expectancy, increasingly broad access to education and health, access to information and communication are among other progress that can be quantified. It is well known that the globalisation process – with the expansion of the benefits of representative democracy and neoliberal capitalism – brought certain advantages to human life in general and gave new outlines to what became known as biopolitics. However, human beings are never satisfied. This is manifested in the growing number of protests and demonstrations around the world in recent years. The revolt is widespread and there is no definite pattern among the demonstrators or among the targets of the demonstrations, so it can be assumed that the protests are against politics itself. If politics is widely understood as the human way of being in the world and in the meaning and, therefore, as the very relationship that is established between the meaning and the world, between speech and place, then it is necessary to understand what is called “a crisis of representation” is something far more dangerous for the human than mere dissatisfaction and mere mutual distrust between representatives and those represented. Actually, it is in the very valorisation of life and technical and scientific progress that the human is progressively alienated from their own humanity. Both the world and meaning are deprived of human when action and thought are abandoned to the plan of mere making and mere reckoning that are simply functional. But this happens in a long history of abandonment of meaning of being towards the subject's actuality. It is therefore necessary to understand, that in the relations of truth, what is at play is the world and what is in question is the meaning |
Palavras-chave: | Democracia Biopolítica Neoliberalismo Democracy Biopolitics Neoliberalism |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Sigla da Instituição: | PUC-SP |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Ciências Sociais |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais |
Citação: | Alves, André Toledo Porto. Logotopia: lugar da fala. 2021. 309 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2021. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/23668 |
Data do documento: | 9-Abr-2021 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
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